sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Maria da Penha autografa lei que leva seu nome

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Quando chegou ao estande do Senado na 13ª Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém (PA), na tarde desta quinta-feira (12), Maria da Penha Maia Fernandes foi recebida como uma celebridade. Muito aplaudida, a farmacêutica cearense autografou publicações fornecidas pelo senador José Nery (PSOL-PA) com a íntegra da Lei Maria da PenhaEntenda o assunto, que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher.

- Minha luta valeu a pena, mas ela não terminou com a aprovação da Lei 11.340/06. Minha questão pessoal foi resolvida, mas a batalha se tornou mais intensa porque passou a ser uma questão coletiva - disse ela para dezenas de homens e mulheres, jovens e adultos, que já a aguardavam.

Seu nome foi gritado algumas vezes por anônimos que passavam pelos corredores. Cada vez que isso acontecia, era aplaudida. Outros expressavam carinho e a agradeciam por sua luta em favor da lei que se tornou um valioso instrumento na luta das mulheres brasileiras pela dignidade e o respeito.

A razão de tamanho apreço, entretanto, é uma história de muito sofrimento. Em 1983, Maria da Penha foi baleada, enquanto dormia, por seu marido, um professor universitário. Em decorrência disso, perdeu os movimentos das pernas e passou a se locomover com o auxílio de cadeira de rodas.

O agressor ainda tentou se isentar da culpa: inventou que a bala teria sido desferida por um ladrão. Depois de um período de recuperação no hospital, Maria da Penha retornou para casa, mas sua angústia não terminou. Seu marido passou a agredi-la constantemente. Depois de algum tempo, tentou inclusive eletrocuta-la. Foi quando a farmacêutica buscou ajuda da família e conseguiu uma autorização judicial para ir morar só com as três filhas.

Em 1984, um ano depois de ser baleada, Maria da Penha começou sua batalha em busca de justiça e segurança.

Transcorridos sete anos, seu marido foi julgado e recebeu pena de 15 anos de prisão. A defesa recorreu da sentença e, um ano depois, conseguiu anular a condenação. Em 1996, foi realizado novo julgamento. Dessa vez, a pena foi de dez anos. Ainda assim, ele permaneceu em regime fechado durante somente dois anos. Organizações não-governamentais sensibilizaram-se com a situação e levaram o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

O caso ganhou repercussão internacional. Paralelamente, iniciou-se a discussão de uma proposta de legislação que garantisse os direitos das mulheres, sobretudo o de não sofrer agressão. Proposta elaborada sob a coordenação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República foi encaminhada ao Congresso Nacional.

Depois de muito debate, o Parlamento aprovou um substitutivo, por unanimidade. Em 7 de agosto de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente sancionou a Lei Maria da Penha.

- Essa legislação veio para resgatar a dignidade da mulher brasileira, que vivia sofrendo violências e não tinha o que fazer, apenas aguentar - disse Maria da Penha.

Ela lembrou que a violência estava atingindo índices tão alarmantes que o número de órfãos vinha crescendo ano a ano.

- Toda mulher tem o direito de não sofrer violência. Por isso precisamos que a lei que leva meu nome seja mais difundida e divulgada entre a população. A imprensa precisa colaborar nessa tarefa. Temos que garantir uma vida sem violência para as nossas filhas e netas. Os que estão no poder precisam implantar políticas públicas com esse objetivo e também criar os juizados da violência doméstica e familiar contra a mulher, centros de referência, casas abrigo e também delegacias da mulher - enumerou Maria da Penha.

A socióloga Danielle Maria Viana, uma das dezenas de pessoas que estiveram no estande do Senado para receber o livro autografado com a Lei Maria da Penha, declarou que a legislação é uma busca pela paz entre homens e mulheres. Ela afirmou que a sociedade tem que reprimir a violência de qualquer tipo, e a Lei Maria da Penha contribui com esse objetivo.

Da Redação com informações de Roberto Homem / Agência Senado

Da Redação / Agência Senado

GEISY, A REVOGAÇÃO DA EXPULSÃO, O LINCHAMENTO DA LÍNGUA, O CRIME E O DECORO do Reinaldo Azevedo

O silêncio covarde sobre aquela agressão, que apontei aqui desde o primeiro dia, foi finalmente quebrado. Dada a decisão da universidade de expulsar Geisy, o Ministério da Educação encaminhou pedido de informações para a Uniban; a Secretaria Especial das Mulheres acionou o Ministério Público para investigar crime contra os direitos humanos; partidos políticos, parlamentares, OAB e UNE também se manifestaram. Folgo com a reação, mas não deixo de apontar: vieram tarde. A ocorrência original já era de extrema gravidade. Foi preciso que a humilhação chegasse ao requinte para essa gente acordar. Reinaldo Azevedo

Na íntegra:

GEISY, A REVOGAÇÃO DA EXPULSÃO, O LINCHAMENTO DA LÍNGUA, O CRIME E O DECORO

terça-feira, 10 de novembro de 2009
A notícia nos sites e blogs ontem não deixava dúvida: "O reitor da Universidade Bandeirante, Heitor Pinto, determinou a revogação da expulsão da estudante de Turismo Geisy Arruda". Uau! A Uniban, em matéria de revogação de expulsões, vive mesmo num regime presidencialista, não é? Eu diria que ele chega a ser ditatorial, já que a decisão de botar a garota para fora, de punir a vítima, havia sido assumida, ao menos oficialmente, por alguma coisa que deve ser parecida com o que, numa universidade, é um Conselho Universitário. Entendi também que esse "conselho" tem autonomia para gastar uma nota preta para satanizar Geisy em anúncios no jornal e na televisão. Mas a ninguém ali ocorreu, sei lá, pegar o telefone: "Alô, Doutor Pinto, o que o senhor acha disso?" E olhem que o homem não é fraco, não, como veremos.

Até o deputado Vicente Paulo da Silva (SP), o notório Vicentinho, do PT, resolveu dar as caras. É considerado a maior personalidade formada na Uniban — de quem foi garoto-propaganda junto com outro petista, Luiz Marinho, atual prefeito de São Bernardo, cidade em que fica a unidade que protagonizou aquele espetáculo deprimente. Pinto, que já foi vice de Paulo Maluf quando este disputou o governo de São Paulo em 2002, chegou a ser cotado para vice de Vicentinho quando o deputado tentou, sem sucesso, a prefeitura de São Bernardo, em 2004. Depois desistiu. Mas a gente vê que é um homem sem preconceitos.

Eu poderia, digamos, recorrer a Raízes do Brasil par explicar o que acontece no país. Ou a Casa Grande & Senzala. Se recuasse um tanto mais na história de que a  obra se ocupa, talvez chegasse a Os Donos do Poder. Mas seria gastar vela boa demais com pessoas muito, como direi?, vivas. Vicentinho anunciou: "Estou agendando uma audiência com o reitor Heitor Pinto. Pedirei que ele revogue essa decisão equivocada. A Uniban não devia ter arrumado essa confusão. Acredito que isso não tenha passado por ele. Deve ter sido uma decisão das instâncias menores". Vicentinho, em suma, emprestava para seu amigo a desculpa essencial de todo petista: "Eu não sabia".

Então o reitor não sabia? Pois é… Eu sabia que ele era ligado a alguma entidade que reúne universidades privadas. Descobri que é diretor da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup). Não é possível que alguém ocupado em liderar todo um setor ignore o que se passa dentro da sua casa. Entrei no site da entidade e… Bem, eu me espantei. Muito mesmo.

O primeiro texto que encontrei lá, até salvei um PDF para guardar como curiosidade, dá conta das críticas de Pinto ao IGC, o tal Índice Geral de Curso, elaborado pelo MEC, com base no tal exame do Enade — a prova que poderia ser positiva e  que se transformou numa estrovenga patrulheira. Ele critica? Até aí, muito bem. Leiam trechos do  que vai no site de uma entidade que reúne nada menos do que universidades:

Para Heitor Pinto Filho, um dos diretores da ANUP, o índice divulgado pelo MEC nesta semana é uma avaliação política. Em entrevista ao Correio Braziliense, o reitor afirmou que o levantamento é mal feito porque, entre outras coisas, não inclui todas as instituições do país.
De acordo com a matéria do Correio, o reitor Heitor lamentou a não participação de todas as IES na avaliação, fazendo referência à recusa da USP e da UNICAMP de não se submeterem ao SINAES. "Ou entra todo mundo, ou nenhuma", afirmou ele.
Na entrevista, o diretor da ANUP também defendeu uma avaliação regionalizada respeitando as características de cada estado. "Um país com a extensão do Brasil não pode ter um índice geral como esse. Temos particularidades", destacou ele.

Comento
Ai, meu Jesus Cristinho! Não é "mal feito", e sim "malfeito", embora este não seja o pior mal feito (sacaram a diferença?) à língua em trecho tão curto. Como explicar isto: "fazendo referência à recusa da USP e da UNICAMP de não se submeterem ao SINAES". Notem: a USP e a Unicamp não se recusaram a NÃO SE SUBMETER; elas se recusaram a SE SUBMETER.

A Anup leva pau na prova de redação. Também fiquei comovido com a tese de Pinto: a criação do índice regional. Ou estou entendendo errado, ou ele está defendendo que certas regiões do país não podem competir com outras. Deixe-me ver: um curso A na região X poderia ser C na região Y, é isso? Entendo… Alguma chance de a redação analfabeta que está em negrito ser considerada correta em alguma região do país? Não!

O que se passa com a universidade brasileira?

Mas volto lá aos livros. Observem que pouco importam leis, instituições, civilidade, estatuto, o diabo a quatro. Vicentinho se dispôs a resolver a questão na base das relações pessoais, de amizade, de intimidade. Eis aí parte da miséria brasileira — inclusive a moral. Insisto desde o primeiro dia: a questão é mais séria do que parece. Décio Lencioni Machado, aquele senhor da área jurídica e do cabelo duro de gel, o mesmo que concedeu entrevistas acusando Geisy de mostrar "as partes íntimas" para os inocentes e tentados rapazes da Uniban, não se deu por achado. Afirmou que Pinto tomou a decisão "como pessoa física". Uau! A maior autoridade da Uniban não é um reitor, mas uma "pessoa física". Vai ver é o entendimento que se tem por lá de "autonomia universitária". Machado é membro do Conselho Estadual de Educação. Milton Linhares, vice-reitor, é membro da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. Estamos feitos.

Fim do silêncio
O silêncio covarde sobre aquela agressão, que apontei aqui desde o primeiro dia, foi finalmente quebrado. Dada a decisão da universidade de expulsar Geisy, o Ministério da Educação encaminhou pedido de informações para a Uniban; a Secretaria Especial das Mulheres acionou o Ministério Público para investigar crime contra os direitos humanos; partidos políticos, parlamentares, OAB e UNE também se manifestaram. Folgo com a reação, mas não deixo de apontar: vieram tarde. A ocorrência original já era de extrema gravidade. Foi preciso que a humilhação chegasse ao requinte para essa gente acordar.

A revogação da expulsão, ademais, não anula os crimes que se cometeram na Uniban, e seus responsáveis têm de ser identificados e punidos. Se a sindicância  serviu para punir a vítima, então sindicância não é, mas farsa. Que a Polícia entre no caso. O Ministério Público, agora acionado, não precisa nem da concordância de Geisy para atuar. Talvez não dê para consertar a língua portuguesa da Anup. Mas se pode tentar consertar a moral torta dos arruaceiros. Por que não com a lei?

Para deixar claro
É evidente que minhas críticas não se estendem a todos os alunos da Uniban. Os que não participaram daquela baixaria não têm por que se sentir atingidos  — e seria muito bom, então, que a maioria silenciosa que não aprovou o linchamento moral desse um jeito de se manifestar.

Para concluir, lembro a alguns que quem adota um princípio não se impressiona com interveniências de superfície. O meu, já disse, entende que o apedrejamento e a eleição de bodes expiatórios são praticas que devem ser banidas da convivência civilizada. Pouco se me dá o que Geisy vai fazer depois. Ainda que venha a posar nua, como alguns sugerem — a ilação parece revelar o mesmo preconceito que resultou na ação da turba —, isso não tornaria menos estúpidos os que participaram daquela catarse de misérias. Para pensar a questão no seu limite: a qualidade do cadáver não muda o espírito do homicida contumaz. Reitero: acho indecente especular se ela colaborou ou não com seus algozes.

É evidente que cada situação comporta uma variação de estilos de vestimenta dentro de uma faixa do que é considerado o decoro de um determinado ambiente ou ocasião. Já contei aqui que aluno meu não mascava chiclete ou ficava exibindo pêlo do sovaco quando eu dava aula. Serei o último a acatar o vale-tudo. Nem tudo vale, não, senhores! Mas linchadores e candidatos a estupradores não têm autoridade para falar em decoro.

Na hierarquia da civilização, o criminoso não dá aula de moral ao indecoroso. Essa é boa! Podem espalhar. Pena que não dê tempo de entrar no próximo livro.

PS - Alô, Anup! Hora de cuidar da inculta e bela num site que reúne universidades. Por enquanto, ela vive aí a sua fase sepultura. Que tal ambicionar o esplendor?

Do Blog do Reinaldo Azevedo

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Seu candidato assinou a Campanha pelo fim da violência contra as mulheres?

Confira se os vereadores, prefeitos, deputados estaduais,deputados federais, senadores,governadores de seu estado, da sua cidade assinaram.
Acesse  no link Quem Já assinou no site da Campanha
Lembram? Uma Campanha Nacional !

Campanha Homens Unidos Pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Pois é, nem 50.000 homens brasileiros assinaram!
 
Confira !Caso não ache o nome de seu candidato, cobre a razão pela qual não assinou. Clique aqui para e-mails.
 
E Não VOTE MAIS NELE!
 
Omissão é violência!
 

Não se ouviu um brado em defesa de uma mulher, agora é tarde...

Quando organizações, defensores dos direitos humanos, secretarias não consideram o fator tempo com humanidade, o dano causado a Mulher é irremediável.
Enquanto  discutem se vão interferir nos casos, os danos emocionais, psicológicos e físicos serão permanentes, irreversíveis e muitas vezes terminais nas vítimas de violência e discriminação.
Permitem assim com o silêncio e descaso que vítimas sejam consideradas rés de criminosos, estes que utilizam de artimanhas legais em nome da justiça e de uma Constituição que é flagrantemente e constantemente desreitada em relação as direitos da mulher no Brasil.
 
A quem apelar neste país? Onde estão as vozes em socorro das vítimas?
 
O Brasil não esquecerá como esta mulher foi denominada aos berros numa Universidade. Não esquecerá os urros dos machos e muito menos os sorrisos e olhares irônicos das jovens mulheres cúmplices desta legião universitária inquisidora.
 
O tempo é fundamental para que a vítima se sinta protegida e amparada pelos poderes de segurança e justiça, assim sendo não existiriam suicídios, depressões gravíssimas, famílias detroçadas, mortes e  violências físicas como foi o caso de Maria da Penha Maia.
 
Humanidade é  fundamental senhoras e senhores que estão em seus cargos para lutarem pelos direitos das mulheres.
No caso desta jovem, não se ouviu durantes dias um repúdio de nenhum órgão apesar que o caso teve  repercussão internacional e então veio a expulsão...Já era tarde demais...
 
Tempo de violência. Tempo do descaso.
Tempo dos omissos e das omissas de nosso país.
 
Ana Maria C. Bruni

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Ministra condena medida e diz que expulsão de aluna é intolerância 
 Com quase uma semana de atraso, a ministra petista Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, afirmou neste domingo que vai cobrar da Uniban explicações sobre a decisão de expulsar a aluna Geisy Arruda.
Nilcéa condenou a decisão e disse que a atitude demonstra "absoluta intolerância e discriminação". "Isso é um absurdo. A estudante passou de vítima a ré. Se a universidade acha que deve estabelecer padrões de vestimenta adequados, deve avisar a seus alunos claramente quais são esses padrões", disse ela, dando vazão à argumentação da Uniban. Segundo a ministra, a ouvidoria da secretaria já havia solicitado à Uniban explicações sobre o caso, inclusive perguntando quais medidas teriam sido tomadas contra os estudantes que hostilizaram a moça. Do Vide Versus
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Ministra vai pedir explicações sobre expulsão de aluna hostilizada
Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, afirmou que a decisão da Uniban demonstra "absoluta intolerância e discriminação"
Agência Brasil

A ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), informou neste domingo (8) que vai cobrar da Universidade Bandeirante (Uniban) explicações sobre a decisão de expulsar uma aluna que usava um vestido curto e sobre o andamento das medidas contra estudantes que a "atacaram verbalmente".

Nilcéa condenou a decisão de expulsar a universitária e disse que a atitude da escola demonstra "absoluta intolerância e discriminação". "Isso é um absurdo. A estudante passou de vítima a ré. Se a universidade acha que deve estabelecer padrões de vestimenta adequados, deve avisar a seus alunos claramente quais são esses padrões", disse a ministra à Agência Brasil, ao chegar para participar do seminário A Mulher e a Mídia.

Segundo a ministra, a ouvidoria da SPM já havia solicitado à Uniban explicações sobre o caso, inclusive perguntando quais medidas teriam sido tomadas contra os estudantes que hostilizaram a moça. Na segunda-feira (9), a SPM deve publicar nova nota condenando a medida e provocando outros órgãos de governo como o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério da Educação (MEC) a se posicionarem.

As cerca de 300 participantes do seminário A Mulher e a Mídia decidiram divulgar, ainda neste domingo (8), moção de repúdio à Uniban pela expulsão da estudante Geyse Arruda, que foi hostilizada no dia 22 de outubro por cerca de 700 colegas, por usar um vestido curto durante as aulas. Aluna do primeiro ano do curso de turismo, Geyse foi expulsa da instituição, em São Bernardo do Campo (SP). A decisão foi divulgada em nota paga publicada neste domingo em jornais paulistas.
Revista Época

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A CULPA DA VÍTIMA - De Yoani Sanchéz

victima

Depois de uma agressão existem determinados míopes que culpam a própria vítima pelo ocorrido. Se é uma mulher que foi violada, alguém explica que sua saia era muito curta ou que rebolava com provocação. Se trata-se de um assalto, há os que indicam a chamativa bolsa ou os brincos brilhantes que despertaram a cobiça do delinquente. No caso em que se haja sido objeto da repressão política, então não faltam os que alegam que a imprudência foi a causadora de resposta tão "enérgica". A vítima se sente - ante atitudes assim - duplamente agredida.

As dezenas de olhos que viram como Orlando e eu fomos enfiados sob golpes num automóvel, preferiram não testemunhar, somando-se desse modo ao bando criminoso.

O médico que não atesta maus tratos físicos porque foi advertido que neste "caso" não deve ficar nenhum documento provando as lesões recebidas, está violando o juramento de Hipócrates e dando uma piscadela cúmplice ao culpado. Aos que lhes parece que deveriam haver mais hematomas e até fraturas para começar a sentir compaixão pelo agredido, não só estão quantificando a dor, como também estão dizendo ao agressor: "tens que deixar mais sinais, tens que ser mais enérgico".

Tampouco faltam os que sempre vão alegar que a própria vítima se auto-inflingiu as feridas, os que não querem escutar o grito ou o lamento ao seu lado, porém o destacam e o publicam quando ocorre a milhares de kilômetros, sob outra ideologia, sob outro governo. São os mesmos incrédulos aos que parece que a UMAP foi um divertido acampamento para combinar a preparação militar e o trabalho no campo. Esses que ainda continuam acreditando que haver fuzilado tres homens está justificado se trata-se de preservar o socialismo e que quando alguém golpeia um inconformado é porque este último o pediu com suas críticas. Os eternos justificadores da violência não se convencem frente a nenhuma evidência, nem sequer ante as breves silgas E.P.D. sobre um mármore branco. Para eles, a vítima é a causadora e o agressor um mero executor de uma lição devida, um simples corretor de nossos desvios.

Breve informe médico:

Estou superando as lesões físicas derivadas do sequestro de sexta-feira passada. Os hematomas vão cedendo e agora mesmo o que mais me incomoda é uma dor aguda na zona lombar que me obriga a usar uma muleta. A noite fui ao médico e me prescreveram um tratamento contra a dor e a inflamação. Nada que minha juventude e minha boa saúde não possam superar. Afortunadamente, o golpe que me deram quando puseram minha cara no chão do carro não afetou meu olho, senão somente a maçã do rosto e as sobrancelhas. espero estar recuperada em poucos dias.

Graças aos amigos e familiares que me tem dado atenção e apoio, estão se desvanecendo inclusive as sequelas psíquicas, que são as mais dificeis. Orlando e Claudia contudo estão em choque, porém são incrivelmente fortes e também o conseguirão. Já começamos a sorrir, que é o melhor tratamento contra o mau trato. A terapia principal para mim continua sendo este blog e os milhares de temas que, contudo, restam por abordar nele.

(Nota do editor: post ditado por telefone)

Notas do tradutor:

UMAP - Unidades Militares de Ajuda à Produção = Campos de trabalhos forçados estabelecidos em Cuba em 1965 sob a bandeira da reabilitação ideológica. Os internados incluiam uma larga variedade de "elementos anti-sociais", bem como religiosos e gays.

Os tres homens executados - Em 2 de abril de 2003, um grupo de cubanos sequestrou uma balsa com cerca de 50 pessoas a bordo, planejando ir para os Estados Unidos. Apenas uma semana depois, Lorenzo Copello, Barbaro Sevilla e Jorge Matinez foram executados por "graves atos de terrorismo".

Traduzido por Humberto Sisley de Souza Neto

No Blog Geração Y da Yoani Sanchez

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Acontece em Cuba. Acontece em Itacaré- BA. Acontece no Brasil.

Os omissos e omissas se calam. Os poderes se unem na cúmplicidade da violência. O descaso é total. Os criminosos são reverenciados e seus nomes aceitos nos muros das cidades. A sociedade covarde silencia.

As vítimas se tornam rés.

Ana Maria C. Bruni

domingo, 8 de novembro de 2009

Mulher já é tarde demais e não percebemos!A Barbárie tomou conta do Brasil! Protejam-se!

GEISY É EXPULSA DA UNIBAN. BARBÁRIE FASCISTÓIDE! MULHERES DO BRASIL, UNAM-SE CONTRA O "DIREITO AO ESTUPRO"

Por Reinaldo Azevedo

A Uniban expulsou a aluna Geisy Arruda, aquela cujo vestido foi considerado excessivamente curto por um bando de rapazes que se comportaram como potenciais linchadores e estupradores e por um bando de moças dispostas a coonestar o linchamento e o estupro. Já escrevi vários textos sobre esse caso. Alertei que não estávamos só diante de uma irrupção irracional de violência. O que se viu naquela, digamos, "universidade" é sintoma de uma doença que corrói o ensino universitário brasileiro, que está no auge de sua expansão bárbara. Bárbara mesmo! Agora é o dinheiro público que financia a tomada de poder pelos hunos.

Pior: a universidade expulsa a aluna com anúncio em jornal, e seu representante legal concede uma entrevista que, na prática, transforma a vítima em responsável pelo mal que a afligiu. Mais do que isso: emite juízos de valor que poderiam justificar o estupro, que fazem da mulher mero objeto da "caçada" masculina e que põem em dúvida a reputação de Geisy. A vida dessa garota estará marcada por um bom tempo, quem sabe para sempre. Num país respeitável, receberia uma indenização milionária, e a Uniban encontraria o seu devido lugar na lata de lixo da educação moral. O conjunto da obra é estarrecedor.

Quando comecei a escrever sobre esse caso, alertei os leitores que não publicaria comentários que, direta ou indiretamente, buscassem no comportamento de Geisy a justificativa ou a explicação para o comportamento fascistóide daquela horda que aparece nos vídeos do Youtube. Alguns internautas ficaram revoltados comigo; houve quem me acusasse de estar aderindo à patrulha do politicamente correto etc. Expus os meus motivos. E a minha questão central era e é esta: a minha civilização é a da inviolabilidade do corpo. Sempre me pareceu que desviar o foco dos verdadeiros criminosos — aqueles que a ameaçaram e que a humilharam — poderia resultar na criminalização da vítima e na proteção a seus algozes. Dito e feito! Aqueles que me censuraram então talvez estejam um tanto surpresos com o desfecho da história. Eu não estou.

A AGRESSÃO IMPUNE A UM DIREITO INDIVIDUAL, UM ÚNICO QUE SEJA, REPRESENTA A AGRESSÃO A TODOS OS DIREITOS INDIVIDUAIS. Reconhecê-los, meus queridos, supõe banir das relações sociais a força física — aquelas manifestações de estupidez a que todos assistimos. Como queria Ayn Rand, a única razão de ser dos governos é proteger esses direitos da ação de grupos ou bandos. Os governos podem recorrer ao uso legítimo da força desde que seja como retaliação: contra as hordas e justamente para proteger os indivíduos.

Esse princípio constitui a melhor parte das sociedades democráticas. Não ignoro que ele está um tanto em baixa. Nos vinte anos da queda do Muro do Berlim — ainda falarei a respeito neste blog —, certos valores do liberalismo é que estão em crise. E voltou a ser influente em alguns círculos a tese da legitimidade da violência coletiva contra o indivíduo em nome de um suposto "bem comum". Como se o "bem comum" fosse um dado da natureza — também da natureza humana — e não uma construção social, como qualquer outra, manipulável e manipulada por grupos de pressão. É junto que alguém indague neste ponto: "E os tais 'direitos individuais' de que você fala, Reinaldo? Também não são uma construção?" São, sim. Mas o meu princípio é também um pressuposto: a inviolabilidade do corpo — o "habeas corpus". Sem ele, resta-nos a fúria dos bárbaros.

A minha indignação com o que se fez com aquela moça não foi uma causa que abracei ao sabor da oportunidade. Ela mobiliza a minha crença mais profunda nos direitos individuais. Depois dos princípios, vamos um pouco às novas e horripilantes circunstâncias do caso.

Seres abjetos
Como se a Uniban não tivesse percorrido já toda a trilha da abjeção, a direção da universidade resolveu dar um passo a mais. Não bastasse o anúncio em jornal, que sataniza a estudante,Décio Lencioni Machado, assessor jurídico da instituição, concedeu a seguinte entrevista à Folha:

FOLHA - Por que a decisão?
DÉCIO LENCIONI MACHADO - Por meio dos depoimentos dos alunos, professores, funcionários e mesmo dela, constatou-se que a postura dela não era adequada há algum tempo. O foco não é o vestido. Tem menina que usa roupas até mais curtas. O foco é a postura, os gestos, o jeito de ela se portar. Ela tinha atitudes insinuantes.

FOLHA - Como assim?
MACHADO - Ela extrapolava, rebolando na rampa, usando roupas que os colegas pudessem verificar suas partes íntimas. Isso tudo foi dito em vários depoimentos e culminou no que ocorreu no dia 22 de outubro. Foi o estopim de uma postura recorrente da aluna.

FOLHA - Por que o anúncio? Não acham que estão expondo a aluna?
MACHADO - A exposição dela vem ocorrendo desde a semana seguinte a 22 de outubro. Ela se utilizou de todos os veículos de comunicação para divulgar [o que aconteceu] e vem declarando que, inclusive, tem interesse em ser atriz. Estamos querendo usar os mesmos veículos, não para expô-la, porque exposta ela já está, mas porque tenho compromisso com 60 mil alunos. Recebemos 4.000 e-mails de alunos, pais, pessoas da comunidade, se queixando da exposição da instituição, em especial do curso de turismo, porque as meninas estavam sendo chamadas de "putas".

Voltei
Trata-se de uma das coisas mais asquerosas que li nos últimos tempos. Quando presos, os estupradores costumam dizer que as vítimas colaboraram — e, na verdade, provocaram o crime. Observem que, segundo ele, aquela estupidez foi a culminância de atos praticados por Geisy. Ela é mesmo a culpada. Em nome do "compromisso com 60 mil alunos", ele inocenta os algozes da garota e entrega a sua reputação ao apedrejamento. É assim que o sr. Machado pretende educar a sua comunidade. Se há alunas sendo chamadas de "putas" — e "puta" foi o xingamento de que ela foi alvo naquele dia —, ele, então, pacifica a turba oferecendo a estudante em sacrifício.

Estamos de volta ao país de Ângela Diniz, que os mais jovens nem devem saber quem é. Vale uma pequena pesquisa sobre a "Pantera de Minas", assassinada por seu namorado, que foi absolvido (o julgamento depois foi revisto). Acusação: Ângela se comportava como "puta". Ficou famosa uma frase dita pelo advogado de Doca Street, o assassino: "Ela vivia mais na horizontal do que na vertical". Esmagava-se a reputação da vítima para poder inocentar o seu algoz. É o que faz o tal advogado da Uniban — que, Santo Deus!, também ministra um curso de Direito.

Geisy é uma sem-ONG
Desde o primeiro dia, tenho chamado a atenção para o fato de que Geisy, infelizmente para ela, não se encaixa em nenhuma dessas minorias de plantão. Ela é, coitada!, uma sem-ONG. Mora na periferia de Diadema e trabalhava num mercadinho do bairro. A exemplo de outros milhões, buscava num curso universitário uma chance de ascensão social, e não se pode condená-la por isso. Estivesse ligada a qualquer desses "movimentos sociais" influentes, a Uniban estaria em maus lençóis. Mas ninguém vai quer se mobilizar por uma Geisy que é só uma pessoa comum. O onguismo das minorias não deixa de ser, desenvolverei isso em outro texto, num outro dia, justamente a negação do indivíduo e dos já citados direitos individuais. Como essa moça não carrega bandeira, "ela que se dane", para lembrar frase emblemática dita por uma MULHER no dia em que ela Geisy era escorraçada da Uniban. Uniban? Mas o que é Uniban e outras "unis" que andam por aí?

Eis o problema
Disse lá no alto: há o sintoma, e há a doença. A doença está na expansão de uma universidade sem vida universitária; de uma universidade que não consegue plasmar valores que ao menos debatam e questionem o ambiente intelectualmente acanhado de onde provém a nova "clientela" — essa palavra é boa — que usa esse "serviço". Ela chega ao terceiro grau em razão do farto financiamento público e do barateamento dos cursos — no sentido mais amplo, geral e irrestrito do "barateamento".

Alguns bocós falam de boca cheia em "democratização" da universidade. Confunde-se "democratização" com vulgarização — que é mais ou menos como confundir "povo" com "vulgo". Que "universidade" é essa incapaz de transmitir a seus alunos o princípio básico do respeito ao outro — ou, se quiserem, da reação proporcional àquilo que se julgou, então, "desrespeito" do outro? Ao jogar a reputação e o destino de Geisy na arena — aliás, a Uniban lembra mesmo uma arena romana —, que exemplo moral a direção da universidade dá aos alunos? O tal Machado parece não deixar muitas dúvidas de que ele está dando uma satisfação apenas à clientela. Agora já sabemos: na Uniban, ser "insinuante" e "rebolar", se a turba de exaltar, pode resultar em expulsão. Ameaçar alguém com linchamento e estupro não dá em nada; ao contrário até: parece ser essa uma reação considerada legítima.

Os jornais noticiaram ontem que uma outra universidade, a Unip, estava dando pen drives de presente a alunos que falassem bem da instituição em questionários do MEC. Nem preciso demonstrar que tal prática frauda o resultado do levantamento. Os exemplos do, como chamarei?, laxismo que toma conta do setor são muitos. A própria Uniban anuncia que se pode fazer o curso de graduação e pós-graduação ao mesmo tempo. É uma revolução na noção do tempo: o "pós" acontece no "enquanto". É a verdadeira revolta quântica da universidade.

E que se note: exceção feita às profissões que ponham a vida de terceiros em risco, pouco se me dá que essas coisas prosperem por aí. Se há quem queira comprar e quem queira vender — e se o mercado absorve esses profissionais —, virem-se. Garçom administrador de empresas é melhor do que garçom garçom? Não necessariamente — talvez faça bem à sua auto-estima, sei lá. Agora, quando dinheiro público entra na jogada — e o ProUni, por exemplo, é dinheiro público —, aí essas instituições têm de prestar contas do que fazem, sim. E a relação deixa de ser privada do comerciante com o cliente; aí passa a ser uma questão de estado. E o governo tem sido, obviamente, relapso com esse setor da economia. O país inventou uma universidade que não universaliza, mas amesquinha o espírito.

Para encerrar
Há dias, Lula voltou a se dizer melhor do que FHC e ironizou a formação intelectual daquele que considera o seu rival, lembrando que ele próprio não havia cursado universidade nenhuma. Como sempre, fazia a apologia da ignorância e da desnecessidade do ensino universitário, embora se dizendo o maior criador de universidades do planeta. É verdade!

Temos uma universidade que Lula, com efeito, não precisaria cursar. Temos uma universidade onde ele pode ensinar. Temos uma universidade onde ele é doutor honoris causa.

Encerro com uma questão geral e outra, vá lá, privada: a decisão da Uniban e a entrevista do seu representante jurídico são duas das mais graves agressões às mulheres em muitos anos. É como se dissessem: "Saibam se comportar, ou o linchamento e o estupro as aguardam". Esta casa, em especial suas mulheres, declara o seu resoluto e irrestrito asco a essa gente. Mulá Omar, chefe do Taleban, para reitor da Uniban!

Do Blog do Reinaldo Azevedo

...

No Blog Lei Maria da Penha - Lei 11.340

Sim, eu sei, a "moça de vermelho" não é exatamente uma militante; não é alguém que porte bandeira; não é veículo de uma causa. Ela é só uma cidadã, um indivíduo, vítima de uma brutalidade. Então todos se calam.

Ela é só uma cidadã. Então todos se calam - sobre matérias do Reinaldo Azevedo

Mas já é tarde

Primeiro estupraram uma mulher
Mas eu não me importei com isso
Eu não era a vítima.

Em seguida agrediram outras
Mas eu não me importei com isso
Eu não era como elas

Logo estavam perseguindo outras mais
E eu não disse nada
Eu não vivia como elas

Em seguida abusaram sexualmente de menores
Mas eu não importei com isso
Elas não eram minhas conhecidas

Depois prenderam várias mulheres
Mas eu não me importei com isso
Porque não sou como elas

Em seguida difamaram outras
Mas eu não me importei com isso
Não era relacionado à minha vida
Também não me importei

Depois escutei seus gritos de socorro
Mas eu não me importei também com isso
Fingi que não os ouvi

Em seguida torturaram inocentes
Mas também não me importei
Estas situações acontecem com as outras

Agora estão me estuprando
Agora estão me agredindo
Agora me perseguem
Agora estão querendo me prender
Agora estão me difamando
Agora estão querendo calar a minha voz

Mas já é tarde
Como eu não me importei com as outras mulheres,
Não sobrou nenhuma para se importar comigo.

Ana Maria C. Bruni

Territorio Mulher

sábado, 7 de novembro de 2009

Estradas perigosas na Bahia

R$171 MIL REAIS TOMADOS DE ASSALTO NA BA 001

Gerente de empresa Tiago Luiz Mendes Duarte, 24 anos, residente em Itacaré foi assaltado ao trafegar de Itacaré sentido Ilhéus num veículo FIAT UNO branco de placa policial JQI-3371, surpreendido por 2 elementos em uma moto portando armas de fogo forçaram a vítima a parar, porém Tiago tentou fugir vindo a chocar-se contra um poste, momento em que os 2 bandidos aproveitaram-se e furtaram uma mochila preta contendo aproximadamente R$171.000,00 (CENTO E SETENTA E UM MIL REAIS). A vítima quando acordou já estava numa ambulância do SAMU, não sabendo informar o modelo e nem a cor da moto e nem descrever os elementos. Posteriormente após ter sido medicado Tiago procurou o plantão da 7ª COORPIN onde registrou o fato. Do Tropa de Elite

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Muito perigosas as estradas baianas. Ilhéus,Itabuna,Itacaré estão na rota dos criminosos.

CÉREBRO DO PSICOPATA - CÉREBROS DOENTES

 Os cérebros dos psicopatas são diferentes dos cérebros das pessoas normais?

Nos últimos 20 anos, muitos estudos têm mostrado que assassinos e criminosos muito violentos têm evidências precoces de doença cerebral.
Por exemplo, num estudo feito por Pamela Y. Blake, Jonathan H. Pincus e Cary Buckner - Neurologic abnormalities in murderers, 20 de 31 assassinos confessos e sentenciados possuiam diagnósticos neurológicos específicos:

- mais de 64% dos criminosos foram diagnosticados com anormalidades no lobo frontal.

Muitos comportamentos associados às relações sociais são controlados pelo lobo frontal, que está localizado na parte mais anterior dos hemisférios cerebrais. Todos os primatas sociais desenvolveram bastante o cérebro frontal, e a espécie humana tem o maior desenvolvimento de todos.

 

As principais subdivisões do encéfalo humano: as áreas frontais incluem o lobo frontal (a área é denominada área pré-frontal), o córtex motor (responsável pelo controlo voluntário do movimento muscular) e o córtex sensorial (que recebe a informação sensorial vinda principalmente do tacto, vibração, dor e sensores de temperatura).

Há muito tempo que os neurocientistas sabem que as lesões nos lobos frontais levam a anomalias graves em determinados comportamentos. O uso abusivo da lobotomia pré-frontal (lobos = porção, parte + tomos = corte, ou seja, corte do lobo frontal), como uma ferramenta terapêutica pelos cirurgiões em muitas doenças mentais nas décadas de 40 e 50, forneceu dados suficientes aos pesquisadores para concluir que a génese de muitas personalidades anti-sociais se encontra no lobo frontal.

 
Ilustração da leucotomia transorbital, uma operação cirúrgica que foi amplamente utilizada nos anos 50 para executar lobotomia pré-frontal em muitos tipos de doença mental. Desenvolvido pelo neurocirurgião americano Walter Freeman, ela consistia em inserir uma lâmina no "tecto" ósseo de uma das órbitas usando um martelo e anestesia local. O movimento da lâmina lesava conexões importantes entre as áreas frontais e o resto do cérebro.

Existem muitos exemplos de pessoas que adquiriram personalidades sociopáticas devido quer a lesões patológicas do cérebro quer a tumores.

António e Hanna Damásio são dois notáveis neurologistas e pesquisadores da Universidade de Iowa que investigaram na última década as bases neurológicas da psicopatologia. Os Damásios concluíram em 1990, por exemplo, que indivíduos que se tinham submetido a lesões no córtex frontal (e que tinham personalidades normais antes da lesão) desenvolveram comportamentos sociais anormais, levando a consequências pessoais negativas. Entre outras coisas, estes indivíduos apresentavam as tomadas de decisões inadequadas e inabilidades de planeamento com as quais são conhecidas por serem processadas pelo lobo frontal do cérebro.

Os Damásio também reconstituíram neurológicamente o primeiro caso conhecido da alteração de personalidade devido a uma lesão frontal no cérebro, observado no século XIX – o caso de Phineas Gage.

Phineas Gage era um supervisor de obras ferroviárias que perdeu parte de seu cérebro devido a uma barra de ferro que atravessou o seu crânio quando uma carga explosiva rebentou acidentalmente. Ele sobreviveu por muitos anos ao extenso trauma, mas tornou-se uma pessoa inteiramente nova, abusiva e agressiva, irresponsável e mentirosa, incapaz de imaginar e planear – características completamente diferentes dos da sua formação base.

O equilíbrio, por assim dizer, entre as suas faculdades intelectuais e as suas propensões animais fora destruído. As mudanças tornaram-se evidentes quando amainou a fase crítica da lesão cerebral. Mostrava-se agora caprichoso e irreverente, usando, por vezes, a mais obscena das linguagens, o que não era anteriormente seu costume, manifestando pouca deferência para com os seus colegas, impaciente relativamente a restrições ou conselhos quando eles entravam em conflito com os seus desejos, por vezes determinadamente obstinado, outras ainda caprichoso e vacilante, fazendo muitos planos para acções futuras que tão facilmente eram concebidos como abandonados… Gage já não era Gage.

Comportamento Neurológico – síndromes frontais, Maria Luísa Alburquerque

Baseado numa sofisticada reconstrução computadorizada da possível extensão da lesão cerebral, Gage parece ter sofrido uma lesão no córtex frontal ventromedial, num lugar muito semelhante ao dos pacientes de Damásio.


Reconstrução computadorizada da destruição do cérebro de Phineas Gage pela barra de ferro.

Ir para Entrevista a António Damásio

Funcionamento interno do cérebro do psicopata nos últimos dois / três anos: a tomografia PET.


O equipamento de Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) obtém imagens seccionais do cérebro vivo, usando cores para representar os diferentes graus de actividade.

As imagens funcionais do cérebro, tais como as da imagem acima produzida por PET (positron emission tomography), têm sido usadas para corroborar a existência de anomalias neurológicas no lobo frontal dos sociopatas.

O PET obtém secções transversais do cérebro reconstruídas por computador, mostrando a cores o nível da actividade metabólica dos neurónios. Isto é conseguido injectando-se moléculas de glicose marcadas radioactivamente no sangue de pacientes e observando o quanto dele é incorporado em células cerebrais vivas. Quanto mais activas são as células, mais intensa é a imagem naquele ponto.

Usando o PET, o pesquisador médico americano Adrian Raine e colegas estudaram assassinos com resultados surpreendentes. Estes encontraram 41 assassinos que tinham um nível muito baixo do funcionamento cerebral no córtex pré-frontal em relação às pessoas normais, indicando um déficit relacionado com a violência.

O dano nesta região cerebral, notou Raine, pode resultar em impulsividade, perda do auto-controle, imaturidade, emocionalidade alterada, e incapacidade para modificar o comportamento, o que pode facilitar actos agressivos.

Outras anormalidades observadas pelo estudo de PET do cérebro de assassinos apresentam assimetrias anormais de actividade na amígdala. É provável que estes efeitos estejam relacionados com a violência e a criminalidade, pois, algumas destas estruturas fazem parte do sistema límbico, que processa as emoções e o comportamento emocional.

Um aspecto interessante da pesquisa do Dr. Raine é que ele relacionou as imagens cerebrais de PET com as histórias pessoais dos assassinos, a fim de se certificar que tinham sido submetidos, quando eram crianças, a algum trauma psíquico; abuso físico ou sexual, abandono ou pobreza. Entre os assassinos, 12 tinham sofrido abuso significativo ou recebido maus tratos na infância. Foi descoberto que assassinos vindos de ambientes perturbadores tinham déficits muito maiores (14 % em média) na área órbito-frontal (zona central representada em cada uma das três imagens) do cérebro do que pessoas normais ou assassinos vindos de ambientes normais e saudáveis.


Imagens PET do cérebro de uma pessoa normal (esquerda), um assassino com história de privação na infância (centro) e um assassino sem história de privação (direita). As áreas em vermelho e amarelo mostram uma actividade metabólica mais alta, e em preto e azul, uma actividade metabólica mais baixa. O cérebro de um sociopata (direita) tem uma actividade muito baixa em muitas áreas.
Fonte: Imagens de Adrian Raine, University of Southern California, Los Angeles, USA

Os estudos iniciais controlados, realizados por Raine e colegas foram confirmados por uma série de investigações baseadas em PET com indivíduos sociopatas e criminosos violentos. Um estudo de 17 pacientes com diagnóstico de distúrbio de personalidade foram submetidos ao PET, em 1994. 

Os pesquisadores provaram que havia uma forte correlação inversa entre uma história de dificuldades de controle de agressividade durante toda a vida e o metabolismo regional no córtex frontal. Seis destes pacientes eram anti-sociais, o resto tinha vários distúrbios de personalidade (marginais, dependentes narcisistas…).

O PET foi usado novamente em 1995 para avaliar o metabolismo da glicose cerebral de oito sujeitos normais e oito pacientes psiquiátricos com história de comportamento repetitivo violento. Os autores obervaram que sete dos pacientes mostraram amplas áreas de baixo metabolismo cerebral, particularmente, no córtex pré-frontal e temporal medial quando comparado com os de sujeitos normais. Estas regiões têm sido implicadas como o substrato para agressão e impulsividade, a sua disfunção pode ter contribuído para pacientes com comportamento violento.

Mais recentemente (1997), a tecnologia de imagens cerebrais por PET mostrou também que os psicopatas diferiram dos não-psicopatas no padrão de fluxo cerebral relativo durante o processamento de palavras com conteúdo emocional.

Ainda que muitos destes resultados devam ser tomados com cuidado, todos eles convergem para uma importante descoberta: a de que os cérebros de criminosos violentos e sociopatas são, na verdade, alterados de uma maneira subtil, e que este facto pode agora ser revelado por novas técnicas sofisticadas.
Uma consideração importante é que o comportamento humano é extremamente complicado e resultado de uma interacção de muitos factores tais como sociais, biológicos e psicológicos.

Existem muitos factores envolvidos no crime. A função cerebral é apenas uma delas, diz o Prof. Adrian Raine. Mas, ao entendermos a sua função cerebral, estaremos numa melhor posição para entender as causas completas do comportamento violento.

Portanto, existe razoável evidência que os os sociopatas têm uma disfunção do cérebro frontal. Quando e a razão desta disfunção aparecer ainda é, até agora, totalmente desconhecido.

Muitas das características da personalidade dos psicopatas poderiam ser explicadas por déficits emocionais. Por exemplo, estes revelam pouco afecto pelos outros, são incapazes de amar, não ficam nervosos facilmente e não mostram culpa ou vergonha quando abusam de outras pessoas. Assim, os cientistas têm feito hipóteses (desde há muito tempo) de que os psicopatas têm uma deficiência nas suas reacções aos estímulos evocadores do medo e esta seria a causa da sua insensibilidade e também da sua incapacidade de aprender pela experiência.

Muitos testes psicométricos foram criados para analisar o cérebro e determinar a capacidade mental dos indivíduos. Os testes de Q.I. ajudam os profissionais a avaliar a inteligência do suspeito e o seu processo de pensamento, enquanto que os testes ajudam a descobrir os mistérios de sua personalidade. Estes examinadores ajudam os psiquiatras forenses a descobrirem as obsessões do indivíduo que pudessem influenciar no seu comportamento.

O mais famoso é o teste de Rorschach – pelo qual são analisadas as interpretações de uma pessoa de alguns desenhos abstratos. Um psiquiatra forense nunca se pode equivocar, pois um diagnóstico errado pode colocar em perigo o andamento de um julgamento.

Os psicopatas não mostram alteração nestes parâmetros quando são submetidos a stress ou a imagens desagradáveis. Estas alterações também não aparecem quando os sujeitos são avisados, antecipadamente, por um flash de luz, quando vão receber um estímulo stressante (por exemplo, um desagradável sopro de ar nas suas faces). Esta é a razão porque os sociopatas mentem tão bem e porque não são detectados (não regista) à mentira pelos equipamentos de detecção de mentiras (polígrafos).

Tudo isto não significa que os sociopatas não tenham emoções. Eles têm, mas em relação a eles mesmos, não em relação aos outros.

Em conclusão - O Erro de Descartes


António Damásio

António Damásio, o neurologista já referido, desenvolveu uma teoria, confirmando dados de outros autores, que poderia explicar porque pacientes com distúrbios provocados por lesões no cérebro têm estes problemas emocionais. Ele denominou essa teoria: hipótese do marcador-somático.

Na nossa vida passada, aprendemos a associar a certas situações sensações agradáveis ou desagradáveis, ou seja, determinadas emoções, e essas associações aprendidas modificam os padrões neuronais ficando, portanto marcadas.

Quando, mais tarde, somos confrontados com situações semelhantes, o marcador-somático rapidamente avalia as situações a fim de escolher uma opção e, por isso:
- o marcador-somático funciona como um incentivo e impulsiona-nos para essa opção ou acção;
- ou o marcador-somático inibe essa opção, não obrigando a gastar tempo a pensar sobre ela, o que leva à procura de alternativas.

De acordo com o Dr. Damásio, pessoas com lesões no lobo frontal têm muita dificuldade ou são mesmo incapazes de activar estes marcadores somáticos.

Ele diz: isto deprivaria o indivíduo de um dispositivo automático para sinalizar consequências negativas relativamente a respostas que poderiam trazer a recompensa imediata.

Damasio AR, Tranel D, Damasio H - Individuals with sociopathic behavior caused by frontal damage fail to respond autonomically to social stimuli

Isto explica também porque é que os sociopatas e pacientes com lesões no lobo pré-frontal mostram poucas respostas automáticas a palavras condicionadas socialmente e a imagens com conteúdo emocional, mas têm respostas normais a estímulos incondicionados (estímulos que desencadeiam respostas não aprendidas pelo sujeito) como outras pesquisas de Damásio mostraram.

António Damásio defende que não há separação entre a mente e o corpo. A mente tem uma base biológica, a mente e o cérebro constituem uma realidade única.

Defende também, no seu livro O Erro de Descartes que o pensamento racional exige o contributo das emoções e dos sentimentos: um indivíduo não consegue decidir racionalmente quer em relação a si quer em relação aos outros.
Os casos clínicos que Damásio investigou, levaram-no pensar que a tomada de resolução e a escolha de opções nas pessoas comuns não se faz baseada exclusivamente no exercício racional (Descartes), mas faz-se através de Marcadores-somáticos.

Bibliografia:

Artigo de Renato Sabbatini , artigo O Cérebro do Psicopata
Livro de Psicologia – Ser Humano 12º ano, Porto Editora
Comportamento neurológico – síndromes frontais
http://www.cerebromente.org.br
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=257&sec=47
http://www.psiquiatriageral.com.br/cerebro/texto9.htm
http://www.psiqweb.med.br/cursos/neurofisio.html
Entrevista com António Damásio e o caso de Phineas Cage – livro de psicologia 12º ano, Tema I
Mentes Criminosas, de Brian Innes
Revista de investigação criminal

Teresa F. Deus

Do http://mapadocrime.com.sapo.pt/cerebro%20psicopata.html

Do Blog Psicopatas

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Como chegar em Itacaré

              Roteiro para chegar a Itacaré via Norte/ Salvador

O acesso a Itacaré via Ferry de Itaparica é :
De 2:30 de carro.
De ônibus pela Rota cerca de 04:30


Mapa dos Bairros de Itacaré

Fotos do Itacare.com

Visão aérea de Itacaré acesse Itacare-ba.net

Conheça a Pousada Arcádia em Itacaré

Fotos do Itacare-ba.net

Pousada Arcádia - Itacaré - BA

FOTOS - Video Arcádia

Av. Magaly 180 - Bairro Passagem

E-mail: pousadaarcadia@uol.com.br

Central de Reservas :: tel/fax :: 073 - 3251- 2596 / 9977-2546

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Convite ao Governador para o dia da inauguração da ponte Itacaré Camamu

Governador Jaques Wagner
 
Após inaugurar a Ponte Itacaré - Camamu dia 03/11 as 11:00, o convidamos para visitar Itacaré, está pertinho agora.
 
Venha conhecer nossas escolas, experimentar as merendas das crianças,conheça o hospital, as instalações dos órgãos de segurança, nosso atendimento de saúde.
Venha passear por nossas ruas. Ver a situação de nossas praias e do Rio de Contas.Venha conhecer nossos bairros.
 
Venha! Como dizem o paraíso ficou mais próximo.
Ainda não sabemos de que...
 
Venha  fazer esta surpresa a Itacaré no dia da inauguração da ponte, para depois não dizerem que foi por culpa dela.
 
E a Bahia não é das Marias, como diz a propaganda da ponte!
Não convide outras Marias para terras onde seus direitos não serão respeitados!
 
Ana Maria C. Bruni
 

domingo, 1 de novembro de 2009

Disciplina e decoro podem ser sinônimos de liberdade. A desordem escraviza.

Há um núcleo decoroso na ordem estabelecida sem o qual a vida se torna impossível. Não havendo um bom motivo para quebrar a norma, é muito mais livre quem a segue do que quem a desrespeita sem saber por quê. Disciplina e decoro podem ser sinônimos de liberdade. A desordem escraviza.Reinado Azevedo

Em Itacaré tentativa de fuga da Delegacia

Numa tentativa de fuga em massa na Cadeia Pública de Itacaré nesta manhã de sábado (31), após os presos renderem o carcereiro no momento que passava o café, houve confronto entre policiais e detentos armados com barras de ferro, resultando na morte do traficante conhecido como "Siri", preso há um mês por tráfico de drogas.

A delegada Lisdeily Nobre neste momento se desloca para o município com o objetivo de apurar melhor a situação. Mas, a policial adiantou que, muitos traficantes de Itabuna estão sendo presos em Itacaré e poderiam entender que seria mais fácil de fugir pelo fato de ter um efetivo reduzido. "Realmente temos um efetivo bem menor, mas estamos preparados.As primeiras informações dão conta que ao conseguir sair da cela o traficante tentou contra a vida do policial de plantão e tombou", informa.
 
e no Correio e no ibahia
 

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Entre Beijos, Meningite e Gripe H1N1

Não me vacinei de tudo que posso pegar

Agora estou no horror

Com a cabeça doída sem ninguém para me socorrer

Eu quero menos,menos, menos...

Eu quero menos beijar na boca

E não pegar doenças que que podem me matar

Eu quero menos beijar na boca

...

ATENÇÃO PREVINA-SE

 

Meningite: A transmissão é de pessoa a pessoa, por via respiratória, através de gotículas e secreções do nariz e garganta, em contato prolongado e convivência no mesmo ambiente

Meningite Meningocócica - Os principais  sintomas são: febre alta que começa abruptamente; dor de cabeça intensa e contínua; vômitos em jato; náuseas; rigidez dos músculos da nuca, ombros e das costas; falta de apetite; dores musculares e agitação física e mental. Podem surgir manchas vermelhas na pele. Em crianças menores de um ano, os sintomas mais comuns são: moleira tensa ou elevada, irritabilidade; inquietação com choro agudo; rigidez cor-poral com ou sem convulsões. Tratamento antibióticos específicos.Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningite.

 

Gripe H1N1/ Gripe A :O vírus da gripe pode se espalhar em tosses e espirros, evidências crescentes mostram que pequenas partículas do vírus podem resistir em mesas, telefones, dinheiro,papéis e outras áreas e serem transferidas pelos dedos quando levados à boca, nariz ou olhos.

...

Mononucleose:causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode permanecer com vírus para sempre no organismo. Mononocleose pode ser uma doença assintomática, ou apresentar sintomas que incluem: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço

 

Herpes labial. Essa doença é provocada pelo vírus herpes simplex e pode causar bolhas e feridas nos lábios e pele ao redor da boca.

 

Gengivite: uma infecção bacteriana

 

AIDS :

Doenças sexualmente transmissíveis (DST) também podem ser contraídas pelo beijo. Pode haver risco de transmissão do vírus HIV, causador da doenças da AIDS, através do beijo da boca  caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente poderia provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção dovírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal ou corte. 

 

 DST: também transmissíveis pelo beijo incluem sífilis e gonorréia.

 

...

 

 
 

Reivindicações de Prefeitos do dia 23

 

 A grande mobilização dos prefeitos baianos, reuniu nesta sexta-feira (23/10), cerca de trezentas pessoas entre prefeitos, representantes e autoridades políticas. O evento aconteceu na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), apresentada pelo presidente e prefeito de Bom Jesus da Lapa, Roberto Maia. Estiveram presentes, compondo a mesa, o prefeito de Salvador, João Henrique, presidentes de associações regionais, o Ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, o representante do Governo do Estado, o secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, o senador, César Borges, os deputados federais: Severiano Alves, ACM Neto, Jorge Koury, João Almeida, Luis Carreira, Félix Mendonça, Cláudio Cajado e Sérgio Carneiro e os deputados estaduais: Antônia Pedrosa, Víginia Hagge, Leur Lomanto, Luciano Simões, Aderbal Caldas, Sandro Régis, Jurandy Oliveira, Rogério Andrade e Heraldo Rocha.

 A apresentação da mobilização começou com a  exibição de um vídeo disponibilizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), mostrando dados comprovando as perdas dos municípios neste ano de 2009. A exemplo, o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que caiu 5,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

O presidente Roberto Maia enfatizou que esta luta é supra partidária, que o objetivo da mobilização é lutar para melhorar a situação dos municípios, pois as dificuldades encontradas  neste ano tem atingido todos os níveis em todas as áreas. Através de dados, Roberto mostrou as quedas das receitas de 2009 em relação a 2008, e apresentou a pauta de reivindicações que, se atendidas, ajudam a desafogar os cofres municipais. 

REGULAMENTAÇÃO - Na pauta que corresponde ao poder da União os prefeitos pedem urgência na regulamentação da Emenda 29, reforma tributária com redistribuição justa das receitas, manutenção dos valores estimados pelo Fundeb. De acordo com o presidente da UPB, o fundo de educação reduziu o valor por aluno de R$ 1.350 para R$1.215. "Esta redução prejudicou a todos os municípios, porque as prefeituras que investiram em escolas, aumentaram salários de professores, tiveram que demitir funcionários para poder cumprir com os compromissos. Portanto, estamos aqui pedindo ao governo federal que reveja essa questão". Também estava na pauta o aumento no valor do repasse para a merenda escolar que atualmente é de R$ 0,22.  

Ao governo do Estado, Roberto Maia, pede ao secretário Rui Costa que novamente apresente ao governador a pauta de reivindicações antiga dos prefeitos, que correspondem as seguintes questões: recomposição da perda do ICMS - os prefeitos querem que o Estado siga o exemplo do governo federal e reponha o valor diminuído; aumento da contrapartida para o Programa de Saúde da Família, que o governo repassa R$1.500, enquanto os municípios gastam mais de 20% da verba para manter o programa; repasse para custear a segurança pública - o presidente da UPB acredita que esse seja um dos maiores problemas na Bahia, pois toda a manutenção da segurança é mantida pelas prefeituras, sem receber nada do governo; garantia de que os municípios não tenham perdas  de recursos com o PPI (Programação Pactuada Integrada) e transferência de royalties aos municípios.

O presidente da UPB também comemorou conquistas do movimento municipalistas como: aumento de 1% do FPM, participação nos recursos da CIDE, transferência direta do salário educação, entre outros. E por fim, fez um apelo as autoridades representantes dos poderes executivos e legislativos para ajudar na luta municipalistas, aprovando projetos que beneficiem os municípios e atendendo as principais dificuldades dos prefeitos que estão referidas nas pautas.Do UPB

Relato de Atendimento em Delegacia de Mulheres

Oi, vc nem imagina a raiva que passei na delegacia, o pessoal de atendimento a mulher viu que ficou bem claro que foi descumprimento da ordem judicial....daí me mandou pro balcão, onde um estúpido leu e me ouviu e falou VCS C ESSA LEI NÃO TEM NOÇÃO DAS COISAS, ACHAM QUE QQ COISA É MOTIVO, coitado, pra que ele falou isso, eu falei: vc toma remédio controlado?, te espancaram? te chamaram de maluca? que mais, ah sua companheira de trabalho mandou vc fazer assim......e ele c má vontade fez,

e depois eu ficava ouvindo, leimaria da penha tem que andar c lacinho cor de rosa, eles brincando c o cara....

...

Em Delegacia de Capital importante de nosso Brasil...

A foto do dedo ferido é de outra ocorrência com outra mulher, também atendida com descaso.

O dedo tem destino certo nestes que são ferozes e cruéis no atendimento a mulher que sofre de violência.

Cúmplices de criminosos, afastem-se de nós!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

SPM disponibiliza relatório de avaliação setorial em 2008

A ideia é explicitar e reafirmar o compromisso dos órgãos com a transparência de suas ações e o controle social

Está disponível para consulta de toda a sociedade o relatório de avaliação dos resultados alcançados pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) em seus programas do PPA no ano de 2008. Anualmente, todos os órgãos do governo federal devem preencher o SIgplan (Sistema de Informações gerenciais e de Planejamento do Plano Plurianual), informando sobre suas realizações em relação ao ano imediatamente anterior. São informados os principais resultados alcançados, as dificuldades e os desafios enfrentados, as execuções física e financeira, a evolução dos indicadores associados a cada programa, entre outras informações.

Até o ano passado, a publicação dos cadernos setoriais - que trazem todas estas informações - estava a cargo do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A partir deste ano, todos os cadernos serão publicados diretamente pelos órgãos em seus sites. A ideia é torná-los mais visíveis ao público que acompanha mais imediatamente e tem interesse nas ações de cada área temática, bem como explicitar e reafirmar o compromisso dos órgãos com a transparência de suas ações e o controle social.

Veja a íntegra do documento.

Relatorio SPM   Do Noticias da SPM

No Blog Lei Maria da Penha